Homenagem a Chape tem Couto Pereira lotado e festa nas arquibancadas

A noite desta quarta-feira (7) ficará marcada na história como uma noite em que o futebol foi capaz de unir torcidas de diferentes clubes, provocando uma mobilização sem tamanho. Mais de 30 mil pessoas estiveram presentes no Couto Pereira para homenagear a Chapecoense em uma festa emocionante, como se as equipes do Atl. Nacional e Chapecoense estivessem ali para dar o ponta pé inicial para a finalíssima da Copa Sul-americana.
Desde o início da tarde a movimentação aos redores do estádio era um prenúncio que a noite iria ser inesquecível. Se dentro de campo a homenagem foi especial, nas arquibancadas a festa das torcidas compostas em grande número pelas cores de Coritiba e Atlético-PR, cantando em um só coro gritos de “Vamos, vamos Chape” e “É Campeão” foram de momentos únicos, jamais vistos.

Foto: Site Oficial Coritiba F. C.
Nos discursos dos jornalistas e condutores da celebração, Mauro Muller e Janaina Castilho foram frisados mensagem de humanidade, respeito e preocupação com o próximo. Nomes de Caio Junior, Gil, Sergio Manoel, Pipe, Denner e Duca foram lembrados como pessoas que também defenderam o verde coxa-branca. O culto ecumênico foi dirigido pelos padres Emerson e João Maria e o reverendo Antônio Jairo Porto Alegre enquanto que crianças da Escola Coxa entraram em campo segurando balões que foram soltos ao vento.
No momento exato em que a bola rolaria para a decisão da competição internacional, às 21h45 foi respeitado um minuto de silêncio no Alto da Glória, e as mesmas crianças vestiram as camisas da Chapecoense e do Atlético Nacional entraram, outra vez, em campo segurando uma luz. Após isso, as luzes do Couto se apagaram e o futebol presenciou mais uma vez que é capaz de unir pessoas e mobilizar corações em uma festa indescritível.
“Eu fico emocionado com este momento de integração e harmonia. A lição que a Chapecoense deixou ao Brasil e para o mundo mostra que a rivalidade deve ficar dentro de campo e a amizade entre torcedores e diretoria tem que existir. Que isto não fique só no dia de hoje, mas que seja para o resto das nossas vidas”, disse o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar.

Foto: Coritiba F. C.
Como forma de eternizar as 71 vítimas do trágico acidente na Colômbia, o Coritiba colocou no Couto Pereira uma placa que destaca o nome de todas as pessoas. A placa tem os seguintes dizeres. “Todos estão marcados na história e serão sempre lembrados como símbolo de amizade, respeito e dedicação, que são valores eternos do esporte”.
O culto ecumênico teve como presentes o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, os vice-presidentes José Fernando Macedo, Gilberto Serpa Griebeler, Alceni Ângelo Guerra e Celso Luiz Andretta, o presidente do Atlético Paranaense, Luiz Sallin Emed, e vice-presidente do Paraná Clube, Christian Marcelo Fontes Knaut. Representando a Chapecoense, estava a Diretora Social do Clube, Cláudia Piazza.
Preserve o jornalismo e cite a fonte ao copiar. Se diploma não vale nada, a ética deve servir. Pelo bem do jornalismo. Equipe Redação em Campo.